Elisabete Monteiro
PANEL 2
15:45 - 17:15 (GMT+1) / 11:45 - 13:15 (GMT-3)
Possible Ballet as decolonial practice?
BIOGRAPHY
Doutorada em Dança, mestre em Ciências da Educação (dissertação em Dança), e licenciada em Educação Física - opção Dança. É Professora de Dança na FMH - ULisboa. Co-coordenadora do Curso de Licenciatura em Dança. Coordenadora do Doutoramento em Motricidade Humana, na especialidade de Dança. Coordenadora do Grupo de Investigação em Estudos de Dança do IINET-md / Polo FMH. É membro de alguns Conselhos Editoriais. Responsável por workshops de dança em Portugal e no estrangeiro (nomeadamente em Espanha, França, Eslovénia, Croácia, Bruxelas, Brasil, Austrália, Nova Zelândia e Taiwan) no âmbito académico e também comunitário. É a representante nacional (Portugal) da 'Dance and the Child International' (Daci).
ABSTRACT
Apresentamos um relato de experiência sobre uma trajetória na dança, que inclui estudos junto à School of American Ballet e Joffrey Ballet School, atuação profissional junto a companhias como Berlin Opera Ballet, Pennsylvania Ballet e Rothlisberger Tanz Co., e as transformações ocorridas após um Acidente Vascular Cerebral. Ao abordar a atuação acadêmica até o ingresso como docente de dança no ensino superior trazemos relações entre dança clássica, deficiência e criação. Relatamos ainda, sobre como podemos perceber relações entre o AVC, os estudos da deficiência e possibilidades inclusivas de ensino do balé na contemporaneidade. A partir disto chegamos à exposição sobre o que denominamos Balé Possível. Enfoque atual de nossas investigações. Uma proposta de prática corporal a partir dos princípios de movimento do balé e da estrutura de uma aula de dança clássica para, em práticas de improvisação chegar a processos de criação para a cena. A investigação se insere na noção de ballet contemporâneo, não como um estilo, mas como um novo momento na história do ballet que pode ser reconhecido como um campo que nos leva a celebrar o que poderia ser considerado vulnerável, reconstruindo ou destituindo ideais de perfeição, problematizando as dicotomias e binarismos, em um convite para se abordar esta arte de maneira reflexiva. (Farrugia-Kriel e Jensen, 2021) Neste sentido, surge a pergunta: Balé Possível pode ser considerado como prática decolonial? A pergunta é pertinente por o balé possível intentar responder a questões trazidas por diversos autores sobre formas de subversão do discurso balético.