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Belize de Melo Neves

15:00 - 15:30 (GMT+1) / 11:00 - 11:30 (GMT-3:00)

Alkimia Terralis e processos de turgências - vídeoperformance

BIOGRAPHY

Meu nome é Belize, peço licença pra chegar. Sou bacharel em filosofia pela UFOP e mestre em gestão cultural pelo IPL-ESAD, atualmente aluna do programa de pós-graduação em artes cênicas da UFOP. Artista-pesquisadora, professora e investigadora da dramaturgia da dança. Curiosa, investigo modos práticos para exercer o cuidado de si e do outro e uso a dança como colaboradora principal, me movimento pelo mundo provocando a(s) corpa(s) em questões do profundo, auxiliadas pelos pensamentos acerca da dança butoh. Faço das materialidades um rio, proponho embarcações e rotas, ofereço mapas rasgados: sou artesã experimental, fabrico objetos têxteis com técnicas de trançado em linha de algodão; penso dramaturgias e direção para acontecimentos cênicos; partilho caminhadas e processos criativos, aprendo modos de ensinar.

ABSTRACT

Fazer mapas para conhecer as turgências: caminhos que se encontram na busca pelo exercício decolonial de minha própria subjetividade. Alkimia Terralis é uma vídeo-performance que teve como objetivo investigar corporalmente, a partir de lugares de turgência da matéria, a relação entre dispositivos e minha corporalidade. Essa proposta foi ativada por uma estrutura base para cruzamento da linha de meu corpo em relação aos objetos propostos na linha do tempo do vídeo. Plano até parte do caminho, ou, pistas pontos que conectam por uma trama, oferta em espaço de reação/abertura: um sapato branco, um pedaço de linha de lã, terra do meu quintal; árvore com raíz, banco, noite e manhã, camisa branca, sangue. Cena inicial: cavar buraco com sapato branco de salto; cena final: afogar-se junto ao seu corpo, recheio resposta de trama. A dor, o caos, um passado de questões de minha vida colocados diante do exercício decolonial de minha mulheridade, mapeamento que faço de mim, visceral com memórias, aberturas de espaços e pernas, frames de registros. Ao tecer pistas dos meus processos de turgência, obtive como resultado essa ação-performática. A investigação também como caminho de observação partilhada sobre o acontecimento, meu corpo junto a minha pesquisa que fala atualmente sobre o neologismo da tramaturgia. Inspirada pelo derivar de imagens, usadas para compor trama, o registro visual de um acontecimento performático, invocação de minhas turgências. A tramaturgia como caminho que une o programa performativo a dispositivos para formar trama com turgências corporais, nesse experimento visual, investigo esse lugar de ação.

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